A consciência é um dos tópicos mais fascinantes e complexos da filosofia e da psicologia. É um conceito que tem intrigado pensadores, cientistas e filósofos ao longo da história, refletindo a busca pelo entendimento de nós mesmos e da nossa existência.
O que é a Consciência?
De forma básica, a consciência pode ser descrita como a percepção e a experiência subjetiva do mundo e de si mesmo. É a capacidade de estar ciente dos próprios pensamentos, sentimentos, sensações e do ambiente ao redor. No entanto, essa definição simples esconde uma profundidade de significados e interpretações.
A Consciência pode ser dividida em vários níveis e tipos.
Níveis de Consciência
Os níveis de consciência podem variar de acordo com a teoria ou modelo utilizado, mas aqui estão alguns dos principais níveis:
- Consciência sensorial: Percepção dos estímulos sensoriais, como visão, audição, tato, olfato e paladar.
- Consciência perceptiva: Processamento e interpretação das informações sensoriais para criar uma representação.
- Consciência cognitiva: Capacidade de pensar, raciocinar e tomar decisões.
- Consciência emocional: Experiência e regulação das emoções.
- Consciência introspectiva ou autoconsciência: Capacidade de refletir sobre si mesmo e seus próprios pensamentos e emoções.
- Consciência transcendental: Experiência de uma realidade mais ampla e profunda, além da consciência cotidiana.
Tipos de Consciência
Alguns teóricos e filósofos distinguem entre diferentes tipos de consciência:
- Consciência primária: Consciência básica e instintiva, compartilhada como outros animais;
- Consciência secundária: Consciência mais complexa e abstrata característica da experiência humana.
- Consciência coletiva: Consciência compartilhada por um grupo ou comunidade.
- Consciência universal: Consciência que transcende as fronteiras individuais e se estende a toda a existência.
Essas são apenas algumas das principais definições e categorias relacionadas à consciência. A natureza da consciência é um tópico complexo e multifacetado, e há muitas teorias e perspectivas diferentes sobre o assunto.
Por exemplo, na medicina, a consciência é definida como o estado de estar ciente de si mesmo e do ambiente ao seu redor. É avaliada com base na capacidade do paciente de responder a estímulos como voz, toque ou dor. Essa avaliação segue uma escala com graus e classificações.
AVISO: As informações abaixo são apresentadas apenas a título de curiosidade, para trazer mais esclarecimento sobre as diferentes abordagens.
Graus de consciência na área da saúde
Os graus de consciência são classificados em uma escala de 3 a 15, conhecida como escala de Coma de Glasgow(ECG). A ECG avalia a consciência com base em três critérios:
- Abertura ocular: Capacidade de abrir os olhos em resposta a estímulos;
- Resposta verbal: Capacidade de responder a perguntas ou estímulos verbais;
- Resposta motora: Capacidade de responder a estímulos com movimentos voluntários.
Classificação dos Graus de Consciência
Aqui está a classificação dos graus de consciência segundo a ECG:
- Coma: ECG 3-8. Paciente não responde a estímulos;
- Estupor: ECG 9-12. Paciente responde a estímulos, mas não capaz de se comunicar;
- Confusão: ECG 13-15. Paciente responde a estímulos e é capaz de se comunicar, mas está confuso;
- Consciência normal: ECG 15. Paciente está plenamente consciente e capaz de se comunicar.
Essa classificação ajuda os profissionais de saúde a avaliar o nível de consciência dos pacientes e a tomar decisões sobre o tratamento e o cuidado necessário.
História Epistemológica da Palavra Consciência
A palavra "consciência" deriva do latim "conscientia", que significa "conhecimento compartilhado". No decorrer dos séculos, o termo evoluiu e ganhou novas camadas de significado em diferentes contextos culturais e intelectuais.
Abordagem Filosófica
Na filosofia, a consciência tem sido um tema central de investigação:
- Platão e Aristóteles: Na Antiguidade, Platão via a consciência como uma forma de acesso ao mundo das ideias, enquanto Aristóteles se concentrava na mente e na alma como fontes de conhecimento;
- René Descartes: Na modernidade, Descartes cunhou a famosa frase "Cogito, ergo sum" (Penso ,logo existo),ressaltando a consciência como prova da existência;
- Immanuel Kant: Kant trouxe uma nova dimensão ao discutir a consciência em termos de fenômenos e números, propondo que nossa percepção molda nossa experiência do mundo.
Abordagem Psicológica
Na psicologia, a consciência é estudada em relação ao comportamento e à mente:
- William James: Considerado um dos fundadores da psicologia moderna, James descreveu a consciência como um fluxo contínuo, uma corrente de pensamentos e experiências;
- Sigmund Freud: Introduziu os conceitos de consciente, pré-consciente e inconsciente, explorando como partes ocultas da mente influenciam nossos comportamento;
- Carl Jung: Complementou as ideias de Freud, adicionando a noção de inconsciente coletivo, que contém arquétipos universais compartilhados por toda a humanidade.
Teorias e Modelos
Diversas teorias e modelos foram propostos para explicar a consciência:
- Teoria da Informação Integrada(IIT): Sugere que a consciência é o resultado da integração de informações em um sistema.
- Teoria Global do Espaço de Trabalho(GWT): Propõe que a consciência surge quando informações são amplamente distribuídas em diferentes partes do cérebro.
- Modelos Neurobiológicos: Exploram a relação entre a atividade cerebral e a experiência consciente, investigando como redes neurais e neurotransmissores afetam a percepção.
Essa teorias e modelos acima citadas você pode encontrar nos trabalhos de :
- Giulio Tononi para Teoria da Informação(IIT), "Phi: Uma Viagem do Cérebro à Alma";
- Bernard Baars para Teoria Global do Espaço de Trabalho(GWT),"In The Theater of Consciousness: The Workspace of the Mind";
- Antonio Damasio para Modelos Neurobiológicos, "O Erro de Descartes".
Essas leituras formam uma base sólida sobre o tema. Vale a pena conferir!
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